domingo, 27 de junho de 2010

Frase do dia

"O senhor não daria banho a um leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho a um leproso."

Madre Teresa de Calcutá

Povo

Porque é que a Igreja baptiza as crianças?

Porque é que a Igreja insiste em baptizar as crianças pouco tempo
depois de elas nascerem? Não será isto um atentado contra a sua
liberdade? E se mais tarde não quiserem seguir a religião Católica?
Não será muito mais sensato esperar que cresçam e nessa altura
escolham livremente a religião que desejam praticar?

São muito comuns, nos dias de hoje, estas perguntas. E não somente as
perguntas. Também está a tornar-se comum - infelizmente - atrasar o
baptismo com o argumento de que é preciso respeitar a liberdade das
crianças. Com essa mesma "lógica", os pais não deveriam escolher
arbitrariamente um nome para os seus filhos - seria mais respeitador
da sua liberdade que mais tarde os próprios escolhessem. Também seria
contra a liberdade dos filhos obrigá-los a ir à escola, a arrumar o
quarto ou, em geral, a portarem-se bem. Quem são os pais para imporem
aos seus filhos aquilo que consideram que é o bem ou o mal? Não será
que essa atitude pode gerar-lhes traumas na infância que dificultarão
o exercício da sua liberdade sem nenhum tipo de limites?

Que tal, neste momento, pormos os pontos nos ii? O problema de fundo
não é o baptismo nem a liberdade. O problema de fundo é a falta de fé
de alguns pais no que significa para o seu filho ser baptizado.
Actualmente, vê-se muitas vezes o baptismo como uma simples festa de
apresentação aos familiares e amigos da criança que acaba de nascer.
Dá-se mais importância a aspectos exteriores como a escolha
"cuidadosa" dos padrinhos - não com a finalidade de que saibam zelar
pela fé do afilhado, mas com o "critério" de que sejam pessoas amigas
que não se esqueçam de dar presentes nos momentos oportunos.

O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica diz-nos que é precisamente
o desejo de que os filhos sejam livres que leva os pais a pedirem o
baptismo pouco depois de eles nascerem. Pergunta nº 258: "Porque é que
a Igreja baptiza as crianças?". Resposta: "Porque tendo nascido com o
pecado original, elas têm necessidade de ser libertadas do poder do
Maligno e de ser transferidas para o reino da liberdade dos filhos de
Deus".

Se uma pessoa possui de verdade a fé católica - ou seja, se acredita
naquilo que nos disse Nosso Senhor Jesus Cristo - sabe que todos
nascemos com uma doença espiritual que se chama pecado original.
Também sabe que essa doença tem cura - uma cura infalível que é o
baptismo. Também sabe que essa cura não foi "inventada" pela Igreja,
mas foi instituída por Jesus Cristo, que, com a sua morte na Cruz, nos
alcançou a libertação do pecado e a gloriosa liberdade de filhos de
Deus. Também sabe que o baptismo é necessário para a salvação porque
assim o disse, sem papas na língua, o próprio Jesus: "Quem crer e for
baptizado será salvo; mas quem não crer, será condenado" (Mc 16, 15).

Resumindo: o problema dos atrasos no baptismo não está tanto no
respeito pela liberdade das crianças, mas sim na falta de fé de muitos
pais que se "esquecem" da importância que possui este sacramento para
a salvação dos seus filhos.

Pe. Rodrigo Lynce de Faria